Olá, boa noite,
Eu partilho a minha experiência no blog http://escritosdispersos.blogs.sapo.pt/search?q=gist (o meu "amigo" GIST desenvolveu-se no intestino delgado... quando o descobriram - já avançado - terminou a "amizade", que acredito jamais será recuperada, ao contrário da saúde... que fui e vou recuperando gradualmente...). Porém, ter um tipo de cancro ressecado em cirurgia não é uma "vacina"... os cuidados de saúde terão de manter-se (pelo menos até aos 100 anos... temos de vigiar as nossas células...) :)
Já lá coloquei um link para esta Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino (não se esqueçam do intestino delgado, menos afectado por neoplasias malignas, mas também com diagnóstico mais dificultado). Não conhecia. Fiquei muito surpreendido pela qualidade deste sítio.
Efectivamente, tudo se modifica ou modifica-se de forma extremamente acentuada/positiva quando a ignorância, o medo e a negligência (passividade) são vencidos ou ultrapassados. Conhecer a doença (que se chama cancro), estar informado e devidamente esclarecido é fundamental para a conservação/recuperação da saúde.
Deve ser promovida a intervenção de apoio junto de doentes crónicos e respectivas famílias, visando facilitar a adaptação familiar à doença crónica através da integração das componentes médica, social, psiquiátrica e psicológica. O nosso sistema de saúde ainda está vocacionado sobretudo para a resolução da crise, ou seja, para o tratamento das doenças agudas, Porém, é possível, a partir de uma compreensão multidisciplinar da intervenção junto de doentes crónicos, alcançar resultados positivos ao nível do bem-estar dos doentes e seus familiares e maximizar a respectiva qualidade de vida.
Estou a ultimar um "Guia dos Direitos e Deveres do Doente Oncológico Os Profissionais de Saúde, os Doentes, a Família e o Cancro", trabalho que pretendo vá ao encontro das pessoas, dos profissionais de saúde e apoio social (serviço social) que as conhecem, dos doentes que precisam, dos familiares e amigos que ajudam, constituindo um contributo catalisador do MOVIMENTO DE PESSOAS COM CANCRO/DEFICIÊNCIA na plena implementação dos direitos humanos e civis.
Ajudando a dotar as pessoas com CANCRO/deficiência com as ferramentas necessárias para controlar e dirigir as suas vidas e exigir, no mínimo, o cumprimento dos instrumentos de direitos humanos, nacionais e internacionais, acima de tudo ajudando-as a melhorar a qualidade de vida.
Num futuro melhor, com uma intervenção colectiva concertada/equilibrada, os deficientes deixarão de ser considerados "diferentes"! Passaremos a compreender que aqueles a quem chamamos deficientes são pessoas, seres humanos como nós. E hão-de poder dizer, livremente, sem receio de iníquas "represálias", o quanto às vezes se sentem profundamente sós, "elogiados" por todos, por suportarem tão grande sacrifício... mas ajudados realmente por muito poucos, numa mútua ajuda que se pretende equitativa, activa, humana, bondosa e criativa, que, aliás, deve ser o principal objectivo de todos os cidadãos.
Bem hajam.
Alberto
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