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Nova rede oncológica contará com mais de 30 hospitais

2010-01-02

A proposta final para a reorganização da rede oncológica do país deverá estar pronta até ao final deste trimestre. Esta é a expectativa de Pedro Pimentel, coordenador para as doenças oncológicas, que ontem deu por terminado o período de discussão pública do documento "Requisitos para a prestação de cuidados em oncologia", que somou quase meia centena de contribuições. Admitindo a possibilidade de algumas alterações à versão original, Pedro Pimentel insiste na defesa de um número mínimo de 500 novos casos por ano para manter a funcionar “com qualidade” uma unidade para doentes com cancro.
“Em contas muito rápidas, ficariam mais de 30 hospitais [das 55 unidades que prestam cuidados na área do cancro] com volume de casos suficientes”, reconhece o responsável pela Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas (CNDO), assegurando que esta medida garante a cobertura de todo o território “com serviços bem dotados e de qualidade”.
Desta forma, o coordenador “chumba” a solução defendida pela Ordem dos Médicos que apontava para a fasquia dos 150 novos casos por ano para justificar a manutenção de uma
estrutura diferenciada nesta área.
“O número proposto de 500 novos casos por ano já pressupõe que apenas 250 venham a necessitar de quimioterapia”, afirma Pedro Pimentel, considerando que “não há em Portugal recursos técnicos, das organizações ou humanos que permitam uma dispersão que 150 casos significariam”. “Isto não é um número fechado, mas colocar o nível nesses 500 casos que significam 250 a necessitar de tratamento permite assegurar os recursos sem abdicar dos princípios de qualidade”.
Mas há mais: a nova rede oncológica deverá também implicar mudanças em serviços que hoje recebem mais de mil novos casos por ano e que “não cumprem os requisitos propostos”.
Segundo Pedro Pimentel, para corrigir algumas situações será preciso investir em melhores recursos nas unidades que recebem muitos doentes.
Concluída a discussão pública, Pedro Pimentel vai analisar este mês as contribuições recebidas, promover debates públicos com “algumas entidades e personalidades”, discutir as medidas com as administrações regionais de Saúde e elaborar a proposta final para entregar à tutela até ao final do trimestre.

Andrea Cunha Freitas
Publicado em 2-02-2010 – Jornal Público

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