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My Oncologia : Importância da formação dos profissionais na adaptação do doente ostomizado

2016-02-26
 




Importância da formação dos profissionais na adaptação do doente ostomizado

Escrito por  Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal
Fonte: http://goo.gl/uf0KUH

 

O presidente da Europacolon Portugal explica neste artigo a importância da formação dos profissionais de saúde no apoio aos doentes durante a fase de transição e aceitação da nova realidade.

O cancro digestivo tem uma amplitude vasta, através de um conjunto de tumores malignos do aparelho digestivo (estômago, fígado, esófago, intestino, pâncreas, GIST e tumores neuroendócrinos), que, devido a diversos fatores, têm uma elevada taxa de mortalidade e morbilidade que interferem fortemente com a qualidade de vida dos doentes.

Apesar dos avanços terapêuticos nas últimas décadas, é correto afirmar ainda que no caso particular da doença oncológica digestiva, existe um mau prognóstico devido, sobretudo, à reduzida taxa de diagnóstico precoce e elevada incidência.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados em 2015, morreram aproximadamente 4.000 portugueses com cancro colorretal, 2.300 com cancro do estômago e 1.400 com cancro no pâncreas. Contudo, temos assistido a um enorme avanço da ciência na área oncológica e atualmente o diagnóstico de um tumor maligno não significa uma sentença de morte. Poderá, todavia, significar uma adaptação a uma nova realidade.

Neste sentido e no caso do cancro do intestino, é incontornável falar de ostomia, que é, muitas vezes, necessária como resultado da cirurgia para eliminação do tumor. Apesar de funcionar como parte integrante do tratamento e/ou cura do doente oncológico, acarreta, em si, uma forte ameaça à qualidade de vida. Para além das complicações físicas associadas à ostomia (infeções, hemorragia, dermatites, etc.), a pessoa ostomizada tem ainda de gerir enormes alterações do foro psicológico (sexualidade, alteração da imagem corporal, saúde psicológica, perdas sociais e profissionais), do ponto de visa de relacionamento familiar e social, entre outras condicionantes inerentes à sua nova condição.

Para apoiar o doente durante esta dura fase de transição e aceitação da nova realidade, é essencial que a prestação de cuidados de saúde e apoio seja realizada por profissionais de saúde especializados e qualificados para o efeito. Só estes profissionais conseguem explicar as alterações físicas e estéticas e ajudar a lidar com o impacto psicológico decorrentes da ostomia, contribuindo para a aceitação desta nova realidade que acarreta a adaptação psicológica e fisiológica a uma alteração corporal com tamanho impacto. Os profissionais de saúde, particularmente, os enfermeiros têm um papel preponderante nesta fase do processo, sendo decisivos na recuperação e adaptação física e emocional à existência de uma ostomia.

Contudo, por vezes, os profissionais de saúde, particularmente os que não se encontram ligados diretamente à área oncológica, sentem dificuldades em conseguir apoiar os doentes de forma efetiva e eficaz. Por isso, a Europacolon Portugal, enquanto promotora do apoio aos doentes com cancro digestivo, em parceria com a Associação Portuguesa de Enfermeiros de Cuidados de Estomaterapia (APECE), está a desenvolver formações dedicadas aos profissionais de saúde para aumentar a qualidade e adaptabilidade dos serviços prestados aos doentes ostomizados, para que estes recuperem e se adaptem de forma mais simples e sem complicações.

 

Vítor Neves
Presidente da Europacolon Portugal

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